Machu Pichu de mochilão

Escrito por: Renan e Vanessa ( Casal na Montanha)

História inspiradora de trekking!

Nossa Jornada continuou em Yanama, após finalizar o difícil Trekking de Choquequirao .

Estávamos num Camping de uma família simples e acolhedora em Yanama, cerca de 70 km de Santa Teresa. É a cidade mais próxima de Machu Picchu e o máximo que se consegue chegar é a pé, usando o transporte público ou taxi que é raro de encontrar.

O Camping com banho quente, jantar, e algumas compras na venda da família nos custou 75 soles.

Logo cedo já estávamos prontos para esperar o ”Colectivo” que geralmente passa 1 vez no dia as 6:30 da manhã. Deu 8h e nada do transporte. Estávamos cansados de esperar quando de repente aparece um caminhão de entregas às 9h. Conversamos com os vendedores, sobre  possível uma carona e prontamente eles disseram que sim. Pagamos 30 soles para a viagem.

Esse foi o trajeto que fizemos de carona com a distribuidora:

2 vezes por semana esse caminhão de vendas faz o mesmo trajeto parando nas comunidades para vender suprimentos. É  muito comum ver as ”cholitas” tipicas do Peru se comunicando  em ”quechua”.

Por 30 soles/pessoa esta foi nossa condução a Santa Tereza

 

 

No passo a 4.700m entre Yanama e Santa Teresa

O trajeto percorrido semanalmente  é de  70km de estrada de chão e ingrimes subidas e descidas. Por conta das paradas a viajem se torna mais longa que o normal!
Há pessoas que fazem este trajeto a Pé, fazendo a travessia Choquequirao -> Machu Pichu, mas como era por estradas e não tínhamos tempo suficiente, optamos por tentar esta carona, que foi a escolha certa. Chegamos a Santa Teresa por volta das 16:30h da Tarde. Como queríamos ganhar tempo, optamos por já ir atrás de um taxi para nos levar até a Hidroelétrica.

Sr. José nos disse que deveríamos pagar no max 10 soles por pessoa neste trajeto,  e para ficarmos espertos pois os taxistas cobram mais caro de estrangeiros. Não deu outra, queriam nos cobrar 30 soles por este percurso, falamos que só tínhamos 10 soles e o taxista aceitou!
Esta é a rota que fizemos em Taxi de Santa Tereza a Hidrelétrica. ->

Chegando na usina Hidroelétrica iniciamos a parte de caminhada.

Durante o percurso a vegetação subtropical se intensificava já que a cidade encontra-se próxima da Amazônia peruana.

Foram mais de 10 km caminhando no final da tarde e a noite, ao lado do trilho do trem até chegarmos à cidade de AGUAS CALIENTES, base para visitar Machu Picchu!

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Este foi o trajeto que fizemos caminhando, lembre-se de sempre estar atento, nunca caminhe pelo trilho do trem.

Detalhe, chegamos a Águas Calientes as 20h sem NENHUMA reserva, seja de hotel, trilha. ( Não recomendado fazer, o certo é se planejar antes para não passar por perrengues, tivemos sorte pois estávamos fora da temporada!)

Não sabíamos se iriamos acampar ou ficar em Hostel, tudo iria depender do valor da hospedagem por lá, pois por se tratar de uma cidade extremamente turística tudo é mais caro.

Conseguimos hospedagem para nós dois por 70 soles em quartos compartilhados, bem na entrada da cidade. Como já era noite e estávamos cansados não pesquisamos muito. Fomos logo tomar um banho e comer. Deixamos nossa mochila no quarto em um armário trancado
para sair e dar uma voltinha noturna por Águas Calientes.

Estátua do Imperador Inca Pachacutec

Ficamos impressionados com toda a instrutura que foi levantada em meio ao vale e as grandes formações de pedra e intensa vegetação. O local sobrevive unicamente do turismo de Machu Picchu. Realmente Águas Calientes é uma cidade pitoresca e muito bonita rodeada por montanhas.

Fomos dormir cedo pois estávamos muito cansados e pretendíamos subir a Machu Pichu no dia seguinte.

NOS PREPARANDO PARA A AVENTURA

Acordamos cedo e fomos   fazer um reconhecimento caminhando pelo centro. Ficamos encantados com a vista das grandes formações rochosas que se destacavam em volta da cidade.

Na praça descobrimos que o local para comprar o Boleto de acesso para ir a Machu Pichu só abriria a partir das 9:30h e os ingressos para o período da manhã já tinham esgotado. Enquanto Vanessa aguardava na fila, eu consegui um caixa eletrônico para fazer um saque. Os ingressos custam 152 soles por pessoa. A Vanessa como tinha carteira de estudante pagou metade.

Compramos os ingressos, um lanche e seguimos caminhando pela trilha para chegar a entrada de Machu Picchu! No caminho, pegamos neblina e garoa por cerca de 1 hora.

ÁGUAS CALIENTES ATÉ MACHU PICCHU

O primeiro trecho é pela ferrovia, até chegar numa ponte, onde logo no inicio tem guardas que conferem se o seu ticket de acesso, se está OK para o período que foi comprado. A partir dali realmente começa uma escadaria de pedras em meio a mata, numa subida forte, que vai até a portaria de Machu Pichu.

Chegando lá nos espantamos com a quantidade de turistas, que subiam e desciam com os ônibus oficiais. Na época de alta temporada passam até 3.000 pessoas/dia neste local.

Entrando na área sagrada de Machu Pichu

E finalmente chegou a nossa vez de conhecer a famosa cidade perdida dos incas!

CONHECENDO O SÍTIO ARQUEOLÓGICO

Após passar 5 ou 6 dias em Choquequirao quase sozinhos, num trekking auto-suficiente, chegar em Machu Pichu e encontrar esta grande quantidade de pessoas nos assustou!

Resolvemos logo de cara seguir na direção contraria da maioria das pessoas e fomos caminhar até o alto do templo do Sol, para curtir com mais privacidade à cidade dos Incas.

Calçada de Pedra rumo ao Templo do Sol

O templo do sol, é a porta de entrada de quem vem a Machu Picchu pela conhecida “TRILHA INCA” que dura entre 2 a 5 dias.

O que impressiona é a perfeição. O incidir dos raios solares tornando tudo muito exato. Como que naquela época, a possibilidade de se construir sítios que se tornariam ícones para a posterioridade ?  É tudo muito bem pensado, do encaixe ao polimento, é como se não houvesse pressa para a conclusão dos trabalhos..  O Templo do Sol tem uma janela que se alinha perfeitamente com o solstício de verão.

A cidade de rocha está em uma altitude de 2.350m, no colo de uma montanha ladeada por declives rumo ao vale Urubamba abaixo. Machu Picchu escapou de ser saqueada porque os espanhóis nunca o encontraram, foi apenas abandonada e invadida pela natureza. O incrível trabalho em pedra sobreviveu ao tempo, mas sua função ainda é incerta. Especula-se que era um local de culto, centro de astronomia e civilização do nono imperador inca, Pachacútec.

Machu Picchu

POTENCIAL TURÍSTICO

Em toda parte encontrávamos guias de turismo conduzindo grupos vindos de todo as partes do planeta à conhecer uma das 7 maravilhas do mundo, a quarta maior obra da humanidade, Machu Picchu. Antes mesmo de entrar, alguns guias vieram conversar com a gente para tentar vender seu serviço, nos arrependemos de não ter contratado na hora, pois eram apenas 40 soles por pessoa. (Vale muito a pena). Durante o caminho prestamos atenção em alguns momentos  em guias que falavam espanhol e realmente se torna bem mais interessante conhecer toda a história, além de valorizar esse profissional te faz mergulhar de cabeça na história e te leva à diversas reflexões.

 

 

Depois de uma tarde de muita caminhada, conhecendo cada cantinho desta riqueza milenar, voltamos pela trilha, felizes com o sucesso de nossa ultima aventura no Peru. À noite fomos em uma pizzaria comemorar a nossa trip que enfim estava acabando.

BAD VIBE

Na volta para o hostel, eu Vanessa passei numa padaria para comer algo doce, pedi um croassant de banana com canela que custou 8 soles. Fomos dormir, pois no dia seguinte retornaríamos caminhando até a hidroelétrica.

Logo pela manhã no que eu acordei, senti dores abdominais intensas e não demorou muito para descobrirmos que eu estava com uma séria intoxicação alimentar.  Não tinha como sair do hostel, fomos obrigado a pagar mais uma diária e ficar por ali. Eu fiquei muito fraca. Tomei uns remédios e meu dia foi da cama para o banheiro apenas. Ouvi um hospede ao lado também passando mal, descobrimos que ele  havia comido na mesma padaria. A dona do hostel nos informou que é muito comum pessoas que comem nesse estabelecimento passarem mal, pois muito dos alimentos vendidos já são vencidos. A fiscalização da vigilância sanitária é muito rara. 🙁

O barato que custou caro. Por isso muito cuidado com o local/ambiente a ser escolhido para comer. Se possível prefira comprar no mercado e cozinhar no hostel, é mais seguro.

SOBRE A ALTITUDE

Como estávamos anteriormente caminhando nos andes peruanos numa altitude média de 4000m,  sentíamos-nos bem aclimatados e durante nosso trekking Choquequirao chegamos a um passo de montanha com 3,137m e sentimos apenas muito cansaço devido a mochila e as subidas ingrimes. Machu Picchu encontra-se a 2430m e para nós,  o mal da altitude não nos afetou. Mas claro se você for direto para Cusco, é inevitável passar mal, mas com alguns cuidados você não passa tão mal assim. Como por exemplo: caminhar num ritmo lento; respirar profundamente; hidratar-se bem; tomar chá de coca. E existem remédios para o mal da altitude, mas é importante ir a um medico antes para conferir se você realmente pode tomar.

 

COMO CHEGAR: TRILHA,TRAVESSIA, TREM E ÔNIBUS

Machu Picchu rodeada de montanhas

 

Eu e o Renan viemos de Choquequirao para  Yanama a pé. De lá pegamos carona até Santa Tereza. Tem a opção de fazer o caminho todo a pé, por cerca de 9 dias e acredito que seja o trajeto mais longo e desafiador caminhando para se chegar em Machu Picchu.

Tem a opção também de 3 à 4 dias, fazendo a trilha inca e a trilha de Salkantay. Para quem gosta de um desafio, essas são as opções.

Tem um jeito mais fácil e mais caro, pegando trem de Cusco a Ollantaytambo. De lá se pega outro trem para chegar a Águas Calientes.

Nós chegamos na Hidrelétrica caminhamos até Aguas Calientes, nos hospedamos e no outro dia com os ingressos do parque comprados, subimos caminhando até o sítio arqueológico. (opção mais barata)

Tem a opção de pegar um ônibus logo pela manhã que sobe a Machu Picchu, que custa 60 soles por pessoa. É importante acordar super cedo pois a fila ali pelas 8h já é kilometrica.

 

Civilização perdida dos incas encanta pela sua organização e dimensão.

 

Um dia de muitas energias

 

É muito comum ver as lhamas andando pelo parque e posando para as fotos com os turistas.
É muito comum ver as llamas dentro do parque fazendo pose para as fotos junto aos turistas.

Quando ir?

A melhor época para viajar a Machu Picchu é de maio a setembro, pois o índice pluviométrico é bem baixo, tornando janelas de condições perfeitas à paisagem.

 

No dia seguinte eu já me sentia um pouco melhor.  E como não tínhamos  mais  tempo e nem dinheiro retornamos a Santa Tereza, pois também em poucos dias seria o nosso vôo de volta ao Brasil. Colocamos a mochila nas costas e retornamos para a hidroelétrica. Ficamos mais um dia em Santa Tereza para aproveitar os banhos thermais e relaxar e também me recuperar um pouco mais da intoxicação. Mais um agrave foi os insetos maruins que atacaram a gente e mesmo passando o repelente, a coceira foi intensa.

Aguas Termales Cocalmayo de Santa Teresa

Ficamos hospedados em um hotel naquela noite e no dia seguinte retornamos a Cusco para voltar ao nosso querido Brasil, que já estávamos com saudade! É muito bom viajar, mas é muito bom estar em casa também! Uma grande aventura durante 43 dias conhecendo o norte e o sul do Peru! Já estávamos tão acostumados que chegamos no Brasil falando em espanhol! rsrs Quase que não viramos peruanos?

Gostamos tanto desse lugar que em julho tem mais aventuras por lá….. AGUARDEM!

1º encontro Trekking por Elas

Escrito por: Vanessa Laura Franz

Nos dias 23 e 24 de março de 2019, no Soldados Sebold, 20 trilheiras vindas de Joaçaba, Florianópolis, Rio do Sul,Blumenau, Lontras, Ituporanga, Otacílio Costa e Alfredo Wagner marcaram presença no 1° Encontro Trekking por Elas.

A programação foi diferenciada organizada por mim (Vanessa). Desde o ano passado venho planejando parcerias, fazendo manutenção de trilhas, melhorando a instrutura do acampamento, enfim, me planejando para esses 2 dias.

O projeto Trekking por Elas para quem ainda não conhece surgiu em 2014, com 4 amigas que tinham um sonho em comum, planejar e fazer viagens juntas e se autoconhecer, propagando o empoderamento feminino. Quebrar certos paradigmas imposto pela geral sociedade de que mulher é ”sexo frágil”, ”não é nada sem homem”. Muitas pessoas indagavam “Mas vocês vão sozinhas?” e sim nós VAMOS!

Fizemos algumas reuniões e planejamos nossa primeira viagem, nos hospedamos no Albergue Rio Canoas e fizemos a trilha de 28 km até o Cânion do Espraiado em Urubici com o Guia local Matias. Aí foi o meu despertar, eu preciso fazer mais isso! E depois desse episódio me organizei para chegar ao objetivo de me tornar guia em minha região.

Em 2015 já eramos 10 integrantes no grupo. Fomos para Bom Jardim da Serra fazer a trilha de 14 km até o Cânion do Funil. Depois nos hospedamos no Hostel Terras do Sul em Urubici.

E essa foi a última viagem do grupo. Sempre tentamos organizar uma nova trip, mas por conta de minhas guiadas nos finais de semana e o projeto Casal na Montanha, não sobrava tempo para esse meu hobby.

Depois de 4 anos, resolvi fazer ressurgir o grupo, unindo o útil ao agradável. Conversei com uma das percursoras e ela curtiu a ideia. Criar um evento de turismo voltado para o público feminino , abrindo oportunidades para quem tivesse interesse com oTrekking por Elas. É o mesmo esquema dos eventos que já tenho experiência com o Casal na Montanha, porém diferenciado, feito exclusivamente e carinhosamente para elas.

E foi realmente lindo!

No meio dia de sábado, combinamos o encontro no Restaurante Salto das Águas com concentração e saída em comboio para o início da trilha às 13h.

Cada uma que chegava, já assinava o termo de responsabilidade e o almoço era opcional, buffet livre 30,00 por pessoa. Vale a pena experimentar a comida caseira da Dona Maria.

No horário combinado já estavam todas as participantes prontas, depois de passar os avisos paroquiais, partimos em comboio ao início da trilha. Pegamos à SC 350 em direção ao trevo que liga à serra e o litoral. São cerca de 2 km até passarmos a ponte do Rio Adaga e pegarmos à direita em direção ao portal da cidade. Seguimos reto até pegarmos à esquerda na Beira Rio e depois à direita, ao bairro Caeté, onde começa a estrada de chão. São cerca de 17 km até chegarmos ao início da trilha próximo da casa do Seu Claudir, que fica na localidade Santo Anjo.

No início da trilha!

Deixamos os carros no estacionamento e colocamos as mochilas com equipamentos de Camping e roupas no apoio do tobata.

Mais a frente, fizemos uma parada para alongar, minutos cruciais para evitar lesões. Passei alguns aviso de segurança e a Denise falou um pouco sobre navegação com carta topográfica e bússola.

A caminhada começa por estrada aberta e logo atravessamos o riacho. Subimos em meio aos eucaliptos e por um aclive mais acidentado a vegetação da mata atlântica se intensificava. Chegando aos descampados, os olhares surpresos das trilheiras, ao visualizar o imponente soldados e a vista mais ampla da Serra Geral. Parada para fotos e contemplação. Compartilhei algumas curiosidades sobre a Serra e continuamos mais 3 km até o ponto de acampamento.

Na trilha!
Trekking por Elas chegando aos descampados

Chegando lá o tobata já estava nos esperando para retirar as mochilas. As trilheiras se agilizaram para armar suas barracas e quem ficaria nos quartos do refúgio, acomodar seus pertences.

Nosso apoio! Com o imponente Arranha Céu de fundo (1780m)

Chamamos todas para dar inicio aos workshops dentro da refúgio, onde instalamos uma tv, para passar os slides. Primeiramente apresentei as percursoras do Trekking por Elas e falamos um pouco sobre a origem do nosso grupo.

As percursoras!

Aline Elétrica – Cicloturismo na Patagônia

Logo após Aline Elétrica deu continuidade com sua apresentação sobre sua experiência em uma aventura muito inspiradora de bicicleta na Patagônia. Desde a universidade começou a se apaixonar por esportes de aventura. Participa de corridas de aventura desde 2014. E sua paixão por viajar o mundo só cresce.

Relato de cicloviagem

Amante das montanhas, participou sua primeira corrida trailrun em 2008 e desde então vem aumentando as distâncias percorridas, tendo preferência hoje pelas ultramaratonas. Percorreu o Caminho de Santiago sozinha em 2018, caminhando 900km desde a França até Finesterre. Apaixonada por cicloturismo, fez sua primeira viagem de bicicleta em 2009, pelo litoral do Uruguai, e desde então vinha fazendo pequenas roteiros pelo sul do Brasil, até encarar neste ano uma aventura pela Carretera Austral, na Patagônia, onde percorreu 1300km. E praticamente todas essas viagens ela faz sozinha, uma querida e guerreira que mesmo trabalhando 8 horas por dia como engenheira elétrica, consegue se organizar para o esporte e nas férias sempre se dedica a viajar. Muito bacana conhecer Aline, tão focada a fazer acontecer os seus sonhos.

Carol Tomedi – Cuidados na trilha

Carol é uma das percursoras do trekking por elas, estudante de enfermagem, fez um intercâmbio de 6 meses na Irlanda e conheceu lugares incríveis, ondem estudou e praticou o inglês e no final de sua viagem fez um tour pela Europa. Adora fazer trilhas em contato com a natureza e sempre participou de todas as viagens do nosso projeto.

Trilha segura!

Na sua apresentação ela nos instruiu de todos os riscos que podem acontecer numa trilha, prevenções e como reagir nessas situações. É muito importante que as trilheiras, principalmente iniciantes, tenham consciência de simples atos que podem salvar vidas.

Foi um bate papo em que todas puderam dar sua opinião ou questionar. Esse foi um dos momentos mais cruciais em que tivemos uma noite muito produtiva de conhecimento e trocas de experiência.

Para finalizar, eu sorteei alguns brindes como 3 bandanas e 1 protetor de orelha patrocinado pela Go Live – Roupas femininas Outdoor do Paraná, um lindo biquini da Soldress de Rio do Sul e 1 granola de cereais e mel da ”Coisas la de Casa” de Bom Retiro. Cada uma também ganhou um adesivo do Trekking por Elas e um vale desconto na loja Soldress.

Ganhadora do brinde protetor de orelha da Go Live: Giuliana Marateu de Joaçaba!
Ganhadora do brinde 1 bandana GO live: Bianca Amaral de Ituporanga!
Ganhadora de 1 bandana GO live: Janiani Dias de Florianópolis.
Ganhadora de 1 bandana Go Live: Jéssica Franco de Alfredo Wagner.
Ganhadora de 1 pacote de Granola ”Coisas lá de Casa” Taimara Tonollu de Rio do Sul.
Ganhadora do lindo biquini Sol Dress: Daiane Martins de Otacílio Costa!

O jantar ficou por conta de nossa chefe de cozinha Daiane Martins e ajudante Cíntia que nos proporcionaram um delicioso risoto de frango e salada. Hmmmm.

Risoto de frango, bacon, calabresa e legumes.
Saladas!

Depois em volta da fogueira cada uma falou um pouco sobre si, de onde era e qual motivo a levou a participar desse evento. Conversamos, rimos, cantamos, tocamos um pouco de violão. A noite em conexão feminina foi incrível.

Roda feminina

No domingo de manhã, acordei as 6:30 para chamar todas a levantar e as 7h praticar Yoga em jejum. Foi bem relaxante, momento de intensa conexão com a natureza. A Janiane Dias de Florianópolis é instrutora de yoga e conduziu com muita leveza essa sessão.

Relax

Tivemos o café da manhã da montanha especial, com 3 tipos de pães caseiros, geleia de banana, mel, manteiga, presunto, queijo, bolachas de trigo, café, leite e frutas.

Café da montanha! E nossa chefe de cozinha Dai! 🙂

Depois de carregar as energias, fizemos a caminhada contemplativa, chegando bem próximo da pirâmide dos Soldados para observar a serra de outros ângulos. Tiramos várias fotos encantadas com a paisagem e fizemos um momento de silêncio para agradecer cada momento intenso que passamos juntas. Retornamos pela trilha, com sentimento de orgulho de nós mesmas, com o coração em paz e energias renovadas. Foram 2 dias de pura conexão com a natureza onde se encontraram mulheres inspiradoras e que batalham diariamente, mas que se organizaram e se permitiram viver essa aventura.

Porque o trekking pode mudar sua vida?

Escrito por: Vanessa Laura Franz ( Casal na Montanha)

Muita gente já sabe o quanto o Trekking transforma a vida das pessoas. Quem ainda não fez, deve ter visto fotos ou relatos pela internet de aventureiros felizes por aí. Para muitos, isso é considerado um estilo de vida!

Aqui eu listo alguns dos vários benefícios que norteiam essa palavra tão poderosa, o

TREKKING: É um esporte completo:

Você utiliza de vários músculos e articulações em desafios de obstáculos que encontramos na trilha em diversos tipos de terreno. Ganho de resistência,  perda de calorias – e o melhor: ao ar livre.

Trekking Soldados em 2018

É vida:

Você está em contato com a natureza, respirando o ar puro e descobrindo o quão bela ela é. Sente-se pequeno diante dessa perfeição e quanto necessita respeitá-la.

Trekking ao Costão do Frade 1420m

É superação:

Sua percepção muda, você descobre o quanto é capaz, o quanto consegue caminhar, por mais difícil que seja chegar no objetivo.  Sente frio, calor, vento, atravessa rios, banhados, grandes pedras. Passa por lugares espetaculares que compensa todo o esforço. Você vai aprendendo, que o importante é focar em um passo de cada vez, desfrutando do percurso e sabendo que o objetivo final será uma consequência, se não chegar lá também é aprendizado.

Trekking Choquequirao, um dos desafios mais intensos que fizemos

É quebra da rotina:

Quando você pratica trekking, esquece seus problemas do dia-a-dia. Dá um pause em sua vida corrida. Fica longe do barulho da cidade, trânsito, escritório, clientes, inseguranças enfim tudo que toma conta de sua cabeça e às vezes te deixa pra baixo, estressado. Te faz renovar as energias para voltar com todo o gás, mais focado e empolgado.

Um Café, um amor, um nascer do sol na montanha, por favor!

É valorizar a sua casa:

É bom carregar a mochila nas costas caminhando em meio às florestas, mas é muito bom estar em casa depois. Tomar aquele banho do seu chuveiro merecido, deitar na sua cama, comer na sua cozinha. Você até valoriza e agradece mais o que tem depois de passar por alguns dias de imersão na trilha.

É um mundo offline:

Você para de só ficar vendo pela internet os outros sendo felizes e vai viver também. Está conectado somente com a natureza, se sente parte dela. Em certos momentos da caminhada você se autoconhece, se permite refletir algo interessante sobre a vida, faz meditações e até se torna mais criativo.

É compartilhar experiências: 

No trajeto você pode compartilhar e incentivar os amigos a prática também, além de fazer novas amizades. Estar com o outro fazendo o que gosta, te permite ser mais altruísta e superar seus desafios juntos.

Trekking ao Mirante do Arranha- céu, Campo do Padres.

ENFIM, TREKKING é algo que faz você sair da zona de conforto, te torna um ser humano mais HUMANO, menos apegado ao material e te torna um contador de histórias. Particularmente eu sou uma louca por trilhas com acampamento, algo que me expande a mente e me deixa mais feliz!

Trekking Santa Cruz, Cordilheira branca, Peru

 Ou você nunca mais vai querer fazer ou vai fazer sempre que puder! Então, se você ainda não começou, arrisque pelo menos uma vez e verás o sentimento de transformação que pode fazer na sua vida!

 

Bora participar do Festival de Trekking com a gente?

Mais informações pelo whatsapp: (47) 9934-3775

 

 

Relato Travessia Campo dos Padres

Escrito por: Vanessa e Renan @CasalnaMontanha

Travessia Campo dos Padres

Realizada nos dias 13, 14 e 15 de Abril de 2017.

Desafio planejado, desafio lançado!

Confira o vídeo desta trip:

Em 2015 o Casal na Montanha esteve no Campo dos Padres em um trekking de 4 dias. Foi nossa primeira experiência em travessias, clique aqui para acessar o relato e saber como foi.

Em março de 2017 começamos novamente a planejar esta trip e toda a logística envolvida para tudo acontecer dentro do roteiro. Por se tratar de um reconhecimento convidamos para participar deste trekking apenas os amigos mais experientes do Trip Montanha, aproveitando também para reencontrá-los e trocar experiências explorando locais desconhecidos. Um verdadeiro encontro de montanhistas.

Estávamos sempre de olho na meteorologia, caso a previsão fosse de chuva ou neblina teríamos que cancelar e até na terça-feira, estávamos desanimados com a previsão de mau tempo que estava fazendo para o feriadão. Porém, começou a mudar e uma massa de ar frio veio e deixou o tempo perfeito! Isto nos deixou muito felizes e nos motivou a nos lançar nesta grande aventura.

A nossa caminhada começou no Rio Canoas em frente a Pedra da Águia, no sul do Campo dos Padres. O objetivo era caminhar cerca de 55 km em até 4 dias para chegar ao nosso ponto de resgate, na Pedra Branca, Alfredo Wagner no extremo norte do Campo dos Padres. Por conta da boa logística planejada antecipadamente e disposição do grupo, conseguimos fazer tranquilamente em 3 dias, chegando no sábado à Pedra Branca.

Nosso ponto de partida – Pedra da Águia – Urubici

No Campo dos Padres estão os campos de altitude mais preservados do Sul do Brasil.   No Alto da Serra Geral de Santa Catarina, estende-se da Pedra Branca em Alfredo Wagner até o Espraiado em Urubici. Nessa região nascem rios de 3 importantes bacias hidrográficas que abastecem nosso estado – o Rio Canoas, Rio Itajaí do Sul e Rio Tubarão. Por sua vez, é um grande motivo para manter este paraíso preservado .  Há um projeto de instalação de mais de 260 torres eólicas em todo o campo dos padres que ameaça esse ambiente natural, enquanto isso não acontece aproveitamos para conhece-lo no seu estado puro, natural.

O nome “Campo dos Padres” foi dado em alusão aos padres jesuítas que, vindos das Missões, refugiaram-se nos campos desta serra.

A região é provida de inúmeras lendas, esculturas geológicas, montanhas, escarpas e chapadas, além dos cânions e das cachoeiras que compõem todo o cenário.

Com o ponto culminante de SC, o Boa Vista encontra-se no Campo dos Padres com seus 1827 metros de altitude localizado na cidade de Bom Retiro.

Vista do topo da Boa Vista ( Marco a Direita)

Há uma grande riqueza de biodiversidade de fauna e flora, que fazem da região um ecótono, um lugar de transição onde esses ecossistemas se encontram. Sempre buscamos ser gentis com a natureza, não deixando  lixo na trilha, evitando fazer fogueiras e caminhando por trilhos já existentes.

Preparação

Na semana anterior a caminhada começamos a preparar nossos equipamentos para o trekking. O que levamos na mochila?

  • Alimentação para 4 dias
  • Kit cozinha composto por fogareiro, gás, panelas, pratos, garfo, faca.
  • roupas leves sistema 3 camadas.
  • barraca Azteq Nepal
  • saco de dormir 0°
  • Colchonete inflável/isolante térmico
  • itens de higiene ( sabonete, escova de dentes, pasta)
  • primeiro socorros
  • acessórios ( canivete, facão, cordelete, bastão de caminhada, chapéu de sol, gorro, óculos,)
  • sacolas para lixo
  • lona pequena
  • Equipamento fotográfico
  • GPS e baterias extras
  • Rádio para comunicação

O tamanho minimo da mochila para transportar todo o equipamento deve ser algo entre 50 a 70 litros.

Participantes do trekking: |–>  Josimar Cristofolini (Dodi), Vanessa Franz, Renan Schuller, Léo Baschirotto, Cristian Stassun, Cristian Bas, Edson Hostins, e Luan Beerli.

Esperando nossa mochilas com o visual do Espraiado!

Dia 1

Quinta feira 13 de abril

A saída foi programada para as 4:30AM em Alfredo Wagner, onde saímos em direção a Urubici pela 282, tomamos o café da manhã em Urubici e seguimos rumo ao Rio Canoas.

A nossa amiga Carol do Espraiado nos ajudou levando as mochilas em sua camioneta até o final da primeira subida.  Foi muito importante para ganharmos tempo e cansarmos menos,  pois já sabíamos da previsão de chuva no sábado e queríamos agilizar. Subimos toda a serra do espraiado caminhando sem o peso nas mochilas! Isso nos permitiu ganhar bastante terreno no primeiro dia, caminhamos um total de 22km.

O trajeto

Sem as mochilas vencemos o trecho de serra mais rápido, saímos dos 917m, percorremos os 8km de serra até chegar a 1350m. Onde sairíamos da rota 4×4 e entraríamos no trecho de trilha. Assim que o trekking realmente começou!

Ponto de partida da Travessia Campo dos Padres

De mochila nas costas, seguimos em direção ao norte, o Campo dos Padres. Andamos pelos campos, turfeiras, atoleiros e mata nebular.

Durante o caminho paramos em 2 cachoeiras para explorar e se refrescar um pouco. Fazia calor e o sol estava queimando.

Cascata de nome desconhecido

Durante a caminhada definimos que o melhor seria acampar o mais próximo possível do Boa Vista, para aproveitar o dia seguinte para explorar o lugar mais alto do estado.

Finalmente chegamos nos campos, já bem próximos novamente ao rio canoas, paramos na cascata para curtir o final de tarde.

O rio Canoas tem uma extensão total de 570 km, sendo o maior rio que corre somente no estado de Santa Catarina. Nasce no campo dos padres, na divisa das cidades de Anitápolis, Santa Rosa de Lima e Bom Retiro. Esta cascata do rio canoas é ideal para banho! A água límpida e gelada é rejuvenescedora!

Cachoeira do Rio Canoas – Campo dos Padres, Anitápolis.

O primeiro dia do espraiado até o boa vista é intenso, passando  por trilhas mais fechadas, saindo nos campos , já próximo do Rio Canoas e Boa vista.

Foto: Léo Matei

Depois de mais uma pernada chegamos até próximo a Casa Azul em Anitápolis. Nesse dia fizemos a caminhada mais longa, com 22 km, acampamos próximo a casa azul, todos sem exceção foram dormir cedo pois estávamos cansados depois de um dia inteiro de caminhada.

Final do dia na montanha! Ao fundo casa azul e morro do cemitério

Dia 2

Sexta feira 14 abril

Na manhã de sexta o dia amanheceu com serração, por isso nos permitimos dormir até mais tarde neste dia para descansar bem. O Léo e o Bassis não resistiram e já saíram antes de todo mundo acordar para fazer uma caminhada até a borda.

Tomamos café da manhã reforçado, levantamos o acampamento e pé na estrada… ou melhor na trilha!

Neste dia percorremos 16,7km pelos campos de altitude, passamos pelos lugares mais altos de SC.

Começamos subindo o morro do Cemitério do Campo dos Padres, usado antigamente pelos jesuítas.

Temos pela frente 16 km de trilha intensa que nos levaria até uma vista de frente para a escarpa dos soldados, já próximos ao Arranha Céu e a divisa com Alfredo Wagner.

Caminhantes, por Léo Matei

Neste dia devido a proximidade do Boa vista teríamos bastante desníveis, muita caminhada por campos e charcos. Tivemos que abortar a parte de subir o boa vista a 1827m pois o seu topo estava coberto por nuvens, o que impossibilitaria ter qualquer tipo de visão lá de cima. Pegamos um atalho e continuamos rumo ao norte.

Foto: Léo Matei

O tempo neste dia foi de transição, ora a neblina cortava nossa visão a distancia, ora o tempo abria e nós nos deslumbrávamos com a paisagem. Levamos sorte por não ter pego nenhum pingo de chuva durante toda a caminhada.

Casal na Montanha no Morro dos 50

Vista para o Morro dos cinquenta, e abaixo de nós a cidade de Anitápolis

No morro das ”tetas” fizemos mais fotos com vista para o imponente ”Morro dos Cinquenta” próximo dali, fica a saída/entrada para a trilha dos índios que dá acesso ao Campo dos Padres por Anitápolis.  Na face oeste, temos a vista do ponto mais alto de SC, o Boa Vista.

Foto: Léo Matei

Seguindo em direção ao norte do campo dos padres, passamos por fazendas de criação de gado. Passamos ao lado do morro Bela Vista do Guizoni, não subimos ao seu cume pois estava literalmente encostando nas nuvens.

O morro da Bela Vista do Ghizoni é o terceiro ponto mais elevado de Santa Catarina, com latitude de 27 53 07-S e Long de 49 18 34´-W.  Sua altitude é de 1810 m, ficando atrás do Morro da Igreja do Parque Nacional de São Joaquim (1822 m.) e  Morro da Boa Vista (1827m). A população local, chama essa elevação, por outro nome, correto e sugestivo pela sua forma, de morro do Chapéu.

Face norte do Morro do Chapéu ou Bela Vista do Guizoni

Após contornar o Morro do Chapéu seguimos caminhando por um longo trecho plano a mais de 1700m de altitude, as turfeiras eram tão fundas que em algumas chegavam a afundar acima dos joelhos, o que tornava nossa progressão lenta, seguimos ao final deste plato já eram quase 5 da tarde, e então decidimos montar o acampamento neste local.

Barraca Nepal Azteq sendo montada

Montamos as barracas a mais de 1700 de altitude. Acertamos em cheio a escolha do acampamento, o pôr do sol e a noite estrelada estava SENSACIONAL.

Final de tarde na montanha, acampamento já montado!

Bassis e Luan foram buscar água para preparar a janta, e nós ficamos fazendo algumas fotos do maravilhoso pôr do sol que aconteceu, veja esta foto 360° neste momento:

Ao anoitecer,  ficamos lá do alto observando o imenso mar de nuvens se formando abaixo de nós!

Acampamento com mar de nuvens à luz do luar. Foto: Luan Berli

Em nosso camping tivemos uma grande surpresa com a paisagem espetacular.  Ao anoitecer, milhares de estrelas, algumas cadentes, satélites e um gigantesco meteoro de fogo rasgando o céu durante uns 5 segundos que deixou todos impressionados.

Sessão de fotos noturna

Foi feita uma tenda para nos proteger do vento e o orvalho da noite, ali debaixo cada um dos integrantes preparou o seu jantar. Momento de integração com a galera e muita troca de experiências.

Tudo o que se precisa numa cidadezinha no alto de uma montanha, é de vizinhos bacanas! – Léo Matei

A lua nasceu em um tom avermelhado e logo a noite ficou mais iluminada com sua presença, o contraste das montanhas com o céu e as nuvens baixas pareciam o  mar e nas encostas como cachoeiras.  Fotos especiais foram feitas nessa noite.

Acampamento nos montanhas – 1700m

Dia 3

Sábado 15 de abril

Este dia começou cedo!

Empolgados com a bela paisagem noturna, combinamos acordar as 4am, com intuito de ver o sol nascer próximo ao Pico Arranha Céu que ficava cerca de 2km para o leste, onde teríamos uma boa vista do sol, que iria nascer lá pelas 6AM.  Ficou acertado de alguém acordar as 4 da matina e verificar, caso o céu estivesse limpo este deveria acordar os outros.

Amanhecer na borda leste do Campo dos Padres é sempre um espetáculo!

Valeu a pena ter acordado tão cedo, chegamos na borda leste cerca de 10 minutos antes do nascer do sol, as rochas desta formação são espetaculares!

É  bem próximo a este local a divisa de Alfredo Wagner com Anitápolis, e estávamos a cerca de 1.780mts de altitude.

Imponente e inexplorado Pico Arranha Céu.

A algum tempo queríamos chegar próximo do imponente, Arranha Céu para tentar subir por trás de sua crista, chegando lá vimos que isto não seria possível…

A formação rochosa é imponente e muito vertical, somente com cordas e técnicas de escalada para chegar ao topo.

Quando chegamos lá gravei este vídeo:

Foi uma boa maneira de iniciar o dia!

Após ver o nascer do sol voltamos para a base para o café da manhã e desmontar o acampamento, pois tínhamos um longo caminho para vencer neste dia.

Base de acampamento a 1700 metros de altitude.

Era cerca de 9 horas da manhã quando todos estavam prontos para partir, e o nosso destino neste dia seria descer a trilha da Pedra Branca.

Este trecho seria o mais difícil da travessia, pois apresenta muitos atoleiros, aqui você vai molhar o pé de qualquer jeito!

Percorremos um bom trecho por trilha fechada, atoleiros e bastante umidade. inclusive parte de campos com uma vegetação bem diferente.

Na trilha com Dodi e Luan!

Próximo ao meio dia paramos neste local para o almoço, neste dia foi apenas um lanche rápido para continuarmos logo a caminhada!

Parada para almoço na montanha

Do Monte Lajeado para frente seguimos costeando as bordas e fizemos várias paradas para fotos! Esta parte do Campo dos Padres é muito bela, com imponentes penhascos e visão para a lateral dos Soldados Sebold! É incrível como lá de cima até as 3 enormes pedras dos soldados parecem pequenas!

Fotografando o Dodi com fundo dos Soldados do Sebold

Como tinha previsão de chuva apressamos o passo, fazia calor e achamos que poderia chover a qualquer momento, só que isso não aconteceu, nada de chuva, as nuvens limparam o nos propiciou belos visuais!

Borda leste do Campo dos Padres

Já cansados pela intensa caminhada finalmente chegamos no facão onde se inicia a descida da serra, lá do alto já poderíamos ver o lugar onde deixamos nossos carros, só restava descer a serra para completar a aventura!

Chegando a trilha da Pedra Branca, já estávamos praticamente em casa. Mas a descida é dura para o ultimo dia de caminhada, porém seguimos firmes e fortes o últimos 6 km até o final. Chegando ao ranchinho de frente para o perau comemoramos nossa jornada com sucesso! Os amigos da montanha já estavam empolgados sentados na grama combinando a próxima travessia! Foi uma grande aventura que com certeza ficará guardada em nossas memórias para sempre! Sujos e exaustos voltamos para casa com sensação de alma renovada, um tchau para a galera com um até breve para a próxima travessia!

Mais imagens da Travessia Campo dos Padres:
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Alimentação para um Trekking

 

Por: Vanessa @CasalnaMontanha

Tenha uma dieta equilibrada em sua aventura!

É essencial planejar o que levar de forma que  não sofra com pesos desnecessários, ou levando de menos e passando fome,  faltando energias para a caminhada.

Nesse planejamento o ideal é anotar os itens de cada dia. Atente-se aos alimentos com ótimas fonte de energia. A falta ou excesso prejudicam o rendimento do exercício físico, nesse caso, a caminhada. A dieta precisa ser bem calculada para garantir todas as fontes de caloria: 15%proteínas, 50% carboidratos e 20 a 30% gorduras.

Porque você precisa de carboidrato?

Pois é a principal fonte de energia par ao corpo. regularmente devem ser consumidos e com intervalos frequentes. Ex: pães, massas, cereais, frutas, verduras vegetais, doces e leites.

E as proteínas?

Agem na reparação e construção dos tecidos e fortalecem os músculos saudáveis.  Ex: Carnes, ovos, leites e derivados.

E as gorduras?

Mais do que as proteínas e os carboidratos, as gorduras oferecem o dobro de energia no organismo. Ela é armazenada mais tempo no organismo na ausência dos carbodratos, sendo considerado uma energia de longo prazo.  Porém, devem ser ingeridos em menos quantidade. Ex: Creme de leite, manteiga, toucinho, banha e leite integral.

Sugestões de alimentos para uma trilha com acampamento selvagem

Macarrão: Contém grande quantidade de carboidrato, sendo uma excelente fonte de energia. Ótimo para levar na mochila, pois é um alimento que não precisa refrigeração. Você vai precisar de um fogareiro à gás para cozinhá-lo. O preparo é rápido, de 5 a 10 minutos, está pronto! Aconselhamos comprar um sachê ou daquelas caixinhas prontas de molho de sua preferência, tem várias opções como molho de tomate, 4 queijos, branco ou madeira. Interessante acrescentar  batatas e cenouras para incrementar ainda mais a sua refeição.

Salame e queijo: Fonte de proteínas e gorduras. Ótimo para caminhadas longas pois ajuda na manutenção dos tecidos e músculos.

Pães: No trajeto, no café da manhã ou em uma alimentação mais robusta, sempre levamos um sanduíche de presunto queijo, salame, patê de frango, sendo uma ótima opção pois são boas fontes de carboidratos e proteínas.  Também não precisa de refrigeração e dura por alguns dias.

Barras de cereais: São bem leves para carregar na mochila e durante a trilha é ótimo e bem pratico para saciar um pouco a fome, sendo rica em carboidratos, com 26% em sua composição. Muitos trekkers atualmente aderiram também as barrinhas de cereais. As mais ricas em carboidratos são as de avelã e nozes.

Frutas: Frutas do tipo ”molhada” podem causar acidentes na mochila, mas a banana se consumida durante a trilha, é uma das melhores opções, pois é rica em potássio que ajuda a controlar a quantidade de fluido no corpo e previne câimbras.

Escolha as frutas secas: Por serem desidratadas duram mais, são bem mais leves e nutritivos que fornecem vitaminas, antioxidantes e fibras para o organismo

 

Castanhas ou nozes: As oleoginosas são fontes de gorduras boas, protegem o coração, tem efeito anti-inflamatório e também dá sensação de saciedade. O ideal é comer no máximo 2 por dia.

Chocolate e paçoca: Não digo que são saudáveis, porém consumidos em poucas quantidades fornecem uma boa fonte de carboidratos, ou seja, energia. São também um estímulo a mais para o trilheiro concluir o trajeto sendo que ele sente prazer e conforto ao consumi-lo.

Hidratação na trilha

Água: Durante o exercício físico você perde mais água do que é capaz de produzir, é importante que você se hidrate antes, durante e depois da atividade física. Mesmo se achar que não está com sede, beba. Se houver a desidratação a sua saúde será muito prejudicada. Principalmente em campos de altitude, onde a radiação solar é mais forte é importante se hidratar com frequência, principalmente para você continuar tendo um bom rendimento na trilha.

O mais interessante é quando no meio da trilha encontramos nascentes que brotam da terra, de águas cristalinas, perfeitas para consumir.

Nascente em meio a trilha Pedra Branca, Alfredo Wagner/SC.

Bebidas isotônicas:  Foram feitas para evitar a desidratação  e melhorar o rendimento esportivo. Isotônico tem a ver com tonicidade, que é a concentração iônica de um líquido que está relacionado ao sangue. A composição apresenta um acumulo de moléculas parecidos com os fluidos de nosso corpo, sendo que as substancias podem ser integradas e transferidas para correntes sanguíneas. Ex: Gatorade e Powerade.

Uma curiosidade é que a água de coco é um dos melhores isotônicos naturais, possibilita a absorção mais rápida recuperando as perdas dos minerais, além de carboidratos, proteínas, gorduras, vitaminas e fibras.

Café: Não tem nada melhor que tomar um café pela manhã e durante a trilha, ele nos fornece muita energia para a caminhada, além de fazer bem pra saúde, prevenindo várias doenças. É interessante ter uma garrafinha térmica compacta de qualidade para manter o café quente durante a trilha por mais tempo.

 

ATENÇÃO!

Não se esqueça que sua alimentação para o trekking deve ser balanceada, nem de mais, nem de menos! Invista em uma alimentação rica em carboidratos e proteínas! Não invente alimentos muito complicados de fazer, pois além de tomar tempo, pode pesar no seu estômago e na sua mochila!

Depois de conferidos a alimentação, separados e colocados na mochila, bora pro trekking!

 

Relato do 1° Festival de Trekking por Casal na Montanha

Escrito por Casal na Montanha

20 a 23 de Junho 2019 – Feriado Corpus Christi
Cerca de 3 meses atrás, estávamos pensando como seria criar um evento em que pudéssemos trazer para a nossa região, aventureiros  para compartilhar de experiência e conhecimento sobre o mundo outdoor, com a intenção de fomentar o turismo de aventura e agregar valor, roteiros possíveis em nossas serras. Com a ajuda de amigos e parceiros conseguimos realizar esse sonho que já estava em nosso imaginário à um bom tempo!

A idéia que saiu do papel, foi um FESTIVAL DE TREKKING, diversas saídas de trilhas, workshops com os aventureiros mais experientes, luau com violão, exposição de fotos, cine montanha, concurso de chefe de fogareiro, bar e jantar de montanha! Um evento realmente diferenciado e com caráter incentivador à pratica de esportes outdoor.

Estávamos tão empolgados que íamos quase toda semana melhorar o espaço de refúgio e camping. Fizemos o reconhecimento e mapeamento das trilhas algumas vezes e check-list completo do que levar e fazer.

Fizemos várias saídas para reconhecer novas trilhas no Soldados do Sebold

Fizemos parcerias com alguns clientes do Casal na Montanha, que claro viraram nossos amigos.

Na ultima semana antes do festival ajustamos os últimos detalhes, recebemos as ultimas inscrições ( que bombaram na ultima semana ), a travessia do Campo dos Padres lotou as vagas rapidamente, passamos os últimos detalhes aos participantes via grupo no whatsapp, e já na quarta feira, ansiosos e muito felizes sabendo de uma ótima previsão de tempo firme e céu azul partimos para a base do evento no Refúgio Soldados!

QUINTA – dia 19 de junho

Na quinta feira acordamos as 4:15 da madrugada, no Refugio Soldados e descemos até o estacionamento na casa do Claudir para encontrar os participantes das Travessias.  Era escuro e fazia frio, o céu estava limpo e muito estrelado naquela noite. 😀

Chegando no ponto de encontro, já estava movimentado, alguns participantes já vieram na noite anterior e acamparam por lá. Várias pessoas também estavam chegando para as atividades, muito legal a energia e disposição da turma das Travessias!

Ponto de Encontro para as saídas das travessias, este é o estacionamento oficial do Festival de Trekking

O Renan, Claudir, Edson e Fernando fizeram o transfer dos 16 participantes de carro até o Cânion do Espraiado em Urubici, de onde os participantes da travessia do Campo dos Padres iniciaram a sua jornada.

Feita a recepção, embarcaram nos carros e seguiram rumo a Urubici. Renan acompanhou o grupo até lá e ainda fez o transfer das mochilas até o mirante do Espraiado.

Mochilas do pessoal da travessia chegando ao Espraiado

Neste ponto os trekkers , após subirem os 10km da serra, pegaram suas mochilas e seguiram rumo ao Mirante Arranha-Céu!

Junto ao guia de turismo Luan @NaturezaNativa e o condutor Ariel, começaram a caminhada de uma das mais desafiadoras, belas e preservadas travessias do Brasil, em direção ao norte do Campo dos Padres para fazer cerca de 43km ao total com 1.744m de ascensão acumulada.

Foto: Alexandre Ferreira

Cedinho na quinta-feira, Vanessa, Cíntia e Thaysa já foram indo em direção ao refúgio para organizar e recepcionar os participantes no primeiro dia do evento!

De quadricículo rumo ao festival de trekking

 

Trekkers rumo ao norte do Campo dos Padres
Trekkers rumo ao norte do Campo dos Padres

Às 2h da tarde saía também do estacionamento do Claudir o grupo da Travessia dos Vales junto aos condutores Gabiel e Kati que começaram a caminhar lá do extremo norte na Pedra Branca. A distância total chegou aos 27km com 1577 de subida.

Travessia dos Vales, Começando na Pedra Branca em Alfreso Wagner/SC.

Os dois grupos passaram 2 noites acampados na serra e 3 dias caminhando até o refúgio.

Na primeira noite, o grupo do Campo dos Padres acampou próximo a casinha azul  e o Rio Canoas. O grupo Travessia dos Vales no facão da Pedra Branca, camping alto.

Enquanto isso lá na base/ refúgio Soldados já estávamos com o bar de montanha e recepção aos participantes que escolheram somente a inscrição que incluia todos os hikings do local, workshops, camping, acesso, seguro e jantar de montanha no sábado.

Refúgio/recepção e bar da montanha a todo vapor!

O grande barato do 1° Festival de Trekking foram as diversas atividades simultâneas, com diversos níveis de dificuldade, conduzidas por guias e condutores locais conhecedores da região, desta forma foi possível unir um maior numero de trekkers e uma logística muito bacana.
Os participantes puderam aproveitar o festival de trekking de 4 formas:
1° – Camping e Refugio Soldados – curtir o feriadão de boa, com trilhas tranquilas em meio a natureza e incríveis paisagens da serra e saídas para trilhas curtas.

2° – Hiking Mirante Arranha-céu – Um bate-volta partindo do refúgio soldados subindo o vale do arranha-céu até chegar ao Campo dos Padres, 12km!

3° – Travessia do Campo dos Padres – Um trekking intenso e pesado atravessando o lendário Campo dos Padres desde o Cânion Espraiado até o Soldados do Sebold com 40km.
4° – Travessia dos Vales, da Pedra Branca ao Soldados – Segunda opção de trekking, com menor km, mas mesmo assim exigente e desafiador. Atravessa os 18km de campos da Pedra Branca até o Soldados do Sebold.

Estas 2 travessias no Campo dos Padres se encontraram na sexta-feira as 16hrs para acampar no Mirante Arranha-céu e presenciaram uma noite especial nas alturas.

Vila da montanha!

Ainda na sexta foram chegando mais trilheiros, tanto experientes como inciantes para acampar e curtir o contato com a natureza com um visual amplo da serra geral e os 4 imponentes Soldados Sebold.

Na sexta, no sábado e no domingo  teve saídas de hikings a Base do Soldados Sebold, Cânion do Rio Lajeado e Pinheiro Grosso.

Base do Soldados na sexta feira com uma galera top das montanhas!

 

O Cânion do Rio Lageado, com sua beleza ímpar. Mostrando o desgaste na rocha ocasionado pela água.

E também na sexta-feira teve trilha para o Pinheiro grosso com o condutor Volnei! Foram 7 pessoas abraçando ao mesmo tempo!

Araucária Centenária próximo ao Soldados!

 

Barracas no mirante Arranha céu

 

Logo cedo, antes do sol nascer outra surpresa, o incrível mar de nuvens revelava  o imponente arranha céu e as formações dos Soldados.  Agora era só descer até a base e desfrutar dos atrativos previstos para a tarde.

Face leste, Pico Arranha Céu, 1760m. Foto: Alexandre Ferreira

Conforme os grupos iam chegando, aplausos, abraços e felicitações pelo desafio completado com sucesso. A tarde foi momentos de gratidão a todos os envolvidos, da organização e participantes que se propuseram e confiaram no Casal na Montanha para esse mega evento.

Grupo no sábado das travessias e do camping reunidops para o início dos workshops

Iniciamos o workshop falando sobre nossa maior aventura no Peru, o Circuito conhecido como um dos mais belos trekkings do mundo ”Huayhuash”. Um desafio de 9 dias na altitude conhecendo a maior concentração de montanhas nevadas a mais de 6.000m.

Casal na montanha – Circuito Huayhuash, Peru.

Logo a pós passamos para nossos amigos Ari e Aline de Floripa, do @bikeadois que relataram sua experiência de cicloturismo ”De bike até o fim do mundo” . Foram 2700km entre cruzar a Cordilheira dos Andes, percorrer a Carretera Austral e os pontos mais famosos da Patagônia, Argentina e Chilena até o Ushuaia.

Ari e Aline – Cicloturismo na Patagônia

O Silvio Adriani palestrou sobre o Morro do Cambirela que fica na Palhoça, onde aconteceu o maior desastre aéreo no Brasil no ano de 1949.

Silvio Adriani vai lançar também em breve um livro chamado “O Último Vôo do FAB 2023” que conta sobre a maior tragédia aeronáutica no Brasil em 1949 que colidiu com o Cambirela.

O Marcos Campos, de São José interagiu através de um bate papo sobre sua trajetória na fotografia, como chegou nas fotos de longa exposição e mostrou na prática algumas técnicas de foto noturnas.

Foto noturna com efeito de lanterna

 

Marcos Campos e sua paixão pela fotografia!

E para finalizar com chave de ouro, nosso amigo alfredense Juliano Wagner com o tema Histórias de nossas montanhas. Descendente do primeiro proprietário do Campo dos Padres, com 15 anos, subiu a serra pela primeira vez no ano de 1997 e de lá para cá, foram 25 vezes de ascensão, subindo por diversas trilhas varando mato. Assim como nós Juliano Wagner é um apaixonado pela serra e aficionado pela história local.

Juliano e suas histórias na Serra!

A noite teve o concurso Chefe de fogareiro,  5 participantes cozinharam e 3 jurados escolheram o melhor prato da montanha. Houve algumas regrinhas como, fogareiro de trekking, alimentos não perecíveis, praticidade, sabor, e etc. A plateia aprendeu junto com os chefes que explicaram a receita enquanto faziam.

Aline Mafra cozinhando para o concurso, tinham 45 minutos e podiam usar somente alimentos não perecíveis!

 

Montagem dos pratos! Um mais gostoso que o outro! Foi difícil escolher

Confira os vídeos feitos no momento do concurso:

Só de falar os pratos já dava água na boca!  😮

Os vencedores da noite foram Helmut e Camila que empataram  e no final a plateia decidiu nos aplausos. No final das contas a grande vencedora foi a Camila que preparou um delicioso risoto com carne e tomate seco!

Depois do concurso, oferecemos um jantar de montanha para todos. Um delicioso ”choripan” (pão com linguiça), vinagrete, maionese de batatas e saladas. O pessoal estava varado da fome, a fila para pegar a comida estava grande. No bar da montanha também tinha pra vender vinho e cerveja gelada, além dos produtos coloniais feitos na região.

Jantar de sábado!

 

Hora do rango, fila para a janta de montanha!

 

Logo a pós rolou um violão em volta da fogueira, para esquentar  e as estrelas apareceram para fechar a noite com chave de ouro. A energia do pessoal foi incrível!

Luau pra fechar a noite em volta da fogueira e os amigos de montanha!

 

Aquele vinho pra esquentar a noite!

No outro dia de manhã rolou mais uma trilha pra quem não tinha ido ainda na base do Soldados e também a sessão de Taichi chuan com o Silvio Adriani, para finalizar o festival relaxando e com as energias renovadas.

Momento de sentir a energia da montanha!

 

Foram 4 dias de imersão na serra geral, de trilhas de diversos níveis, espírito de equipe, trocas de experiência, respeito à natureza e amor pelas montanhas de Santa Catarina! 65 participantes de todo o sul do Brasil prestigiaram o inédito e mais completo evento de Trekking de Santa Catarina rodeado de energias positivas!

Por ser o primeiro evento, o sucesso foi garantido, mais do que imaginávamos. Sempre há o que melhorar, detalhes que vamos ajustando para os próximos eventos. É  com muito planejamento, dedicação e principalmente amor e respeito pelas montanhas, que proporcionamos  essa experiencia na serra catarinense para os amantes dos esportes outdoor.

Estamos com sentimento de muita gratidão, por toda energia dessa galera que veio nos prestigiar, principalmente aos envolvidos a loja Apache Store que foi nossa parceira, oferecendo os brindes para sorteio, os nossos guias e condutores experientes da travessia Luan Berli, Ariel Urich, Gabriel Onofre, Katiússia Riske, Volnei Schafer e Sibeli. Aos amigos que nos ajudaram no bar da montanha, transfer e guiamentos aos hikings: Fernando, Thaysa, Leticia e Cintia! E todos que contribuíram de alguma forma com sua parceria, amizade e trocas de experiência!

E que venha o 2° Festival de Trekking em 2020! 🙂